Mariangela Correa
Ludmilla Thomé Domingos Chinen
,
Miriam Galvonas Jasiulionis
Atualizado em17/11/2022
O câncer é uma doença altamente heterogênea que surge de fatores mutacionais e não mutacionais, bem como de alterações epigenéticas ou metabólicas. Além disso, vários estudos recentes demonstraram que a interação entre células cancerígenas e seu microambiente pode impactar substancialmente a gênese tumoral e a resposta a drogas.
O tratamento do câncer está evoluindo gradativamente a partir do uso clássico de drogas citotóxicas inespecíficas, que visam mecanismos genéricos de crescimento e proliferação celular, para novos paradigmas de tratamento paciente-específicos. Estes últimos se baseiam nas características moleculares específicas do tumor de um paciente individual e incluem alterações genômicas passíveis de tratamento farmacoterápico como, por exemplo, a expressão de genes envolvidos na gênese e na progressão dos tumores.
A oncologia de precisão, que visa fornecer “o medicamento certo ao paciente certo e no momento certo”, tem como objetivo melhorar a eficácia do tratamento, minimizando a exposição a terapias ineficazes e reduzindo os eventos adversos. A tradução clínica bem-sucedida e a implementação dessa visão têm o potencial de revolucionar os paradigmas de tratamento de cuidados ,predominantemente reativos, para cuidados mais baseados em evidências, proativos e preditivos.
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O sucesso desta estratégia requer a identificação de alvos terapêuticos validados e passíveis de terapia juntamente com biomarcadores precisos e funcionais de resposta ao medicamento.
É provável que, no futuro próximo, todo paciente oncológico seja tratado a partir de informações oriundas das células tumorais e do microambiente do próprio indivíduo. A quimioterapia, como a conhecemos, está fadada ao esquecimento.
Ramanuj DasGupta, Aixin Yap, Elena Yong Yaqing, Shumei Chia — Publicado em 27/10/2022 — WIREs Mechanisms of Disease
DOI:
10.1002/wsbm.1585A Pupilla
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